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YB Music
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Desfaz de conta

by Lulina

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1.
Os massacres um dia viram feriados As tragédias viram piadas na mesa do bar Os campos de batalha um dia viram pontos turísticos Os assassinos ganham nomes de rua Nenhuma tristeza fica de pé Nenhuma certeza fica de pé Nenhuma besteira fica de pé O que é o quê um dia não é mais As desgraças um dia viram samba enredo O fascismo um dia vira minissérie romântica Os piratas roubavam, matavam e hoje são fantasias de carnaval A fome que o artista passava, depois é contada num documentário legal Nenhuma tristeza fica de pé Nenhuma certeza fica de pé Nenhuma besteira fica de pé O que é o quê um dia não é mais
2.
N 04:02
Nada como um pesadelo Pra gente despertar mais cedo Nada como um rebuliço Pra gente perceber o risco Nada como um tropeço Pra gente acertar o passo Nada como uma dúvida cruel Pra gente olhar pro céu Nada como não fazer nada Nada como esperar pra ver Nada como um pesadelo Nada como um rebuliço Nada como um tropeço Nada como uma dúvida cruel
3.
Parece que tudo pesa Parece que nunca presta Parece que nada era o que eu pensei Parece que ninguém erra Parece que é tudo uma meta Parece que o que interessa não peguei Parece que a vida apressa E o mundo se desespera Parece que o que parece é o que é Parece que é impossível Parece tão previsível Parece que até o sonho já vem pronto Mas pra quê Se agarrar A um parecer Só parece ser Parece que o amor espera Parece que a história é inversa Parece que eu só sei que nada sei Parece que a luz liberta Parece que o som desperta Parece que a decisão é se soltar Todo dia parece igual E a vida parece um exercício Todo dia pra ser normal É preciso ser um pouco esquisito Toda história parece a tal Mas no fim fica tudo parecido Tanta gente parece que tá mal Mas um estalo e fica tudo mais bonito Não peguei É o que é Parece que houve festa Parece que há uma fresta Parece que a promessa não desfez Parece que vale a pena Parece que sempre esquenta Parece que o esquema é se jogar Mas pra quê Se agarrar A um parecer Só parece ser Me parece ser nada real Querer parecer tão ideal Me parece ser nada ideal Querer parecer tão real Não peguei É o que é Nada sei Se soltar
4.
Quem não olha para os lados não atravessa como deveria Vê a vida no asfalto distorcida pela correria Fecha o corpo, fecha as asas, abre o tempo Abre os olhos para o momento Fecha a casa, fecha a cara, abre o coração Abre espaço pra uma discussão Quem não olha para os lados não atravessa como deveria Vê a vida no asfalto distorcida pela correria Fecha a estrada, fecha a história, abre os olhos Abre alguns caminhos novos Fecha o contrato, fecha o livro, abre outro Abre a cabeça de novo e de novo Quem não olha para os lados não atravessa como deveria Vê a vida no asfalto distorcida pela correria Fecha a porta, fecha a loja, abre a carteira Abre o jogo de qualquer maneira Fecha o caixão, fecha a mão, abre com o refrão Abre o vinho e brinda à solidão
5.
Cansada de alegria Eu vou me arrastando Sorrindo ou chorando Cansada de alegria Uma bêbada de sonho Caindo na risada Dormindo com a piada A vida cansa só quando não é vivida Descansa em paz depois que jaz E é lá que se desfaz a fantasia Cansada de alegria Eu vou me arrastando Sorrindo ou chorando Cansada de alegria Uma bêbada de sonho Caindo na risada Dormindo com a piada Acordando só e bem acompanhada
6.
Quem gira sempre pro mesmo lado fica tonto Erra no ponto Quem gira a lâmpada uma hora tem a luz Se paga a conta Tem hora que um banho quente muda a história Sem palcos a epifania cantarola Quem escuta sempre o mesmo papo reproduz Quase igualzinho Quem não dá o braço a torcer quer dar a cara Para bater Nem sempre o espelho embaçado incomoda Sem aplausos a epifania comemora Tem hora que um banho quente muda a história Sem palcos a epifania cantarola Quem gira sempre pro mesmo lado fica tonto
7.
Tudo se desfaz Tudo se desfaz Tudo se diz Faz de conta Faz-me rir E se desfaz de mim Tudo o que se conta Tem que dar um desconto Pois quem conta faz parte do conto Tudo o que se faz Cria uma conta Que se paga à vista ou à prestação Se está cheio agora Antes era oco Se está vazio Vai encher de novo Tudo se desfaz Tudo se desfaz Tudo se desfaz Tudo se diz E faz Tudo se diz
8.
Vuco-vuco 05:17
Deixa de vuco-vuco Que o alvoroço não se sustenta Sem a nossa presença O pensamento é álcool No fogo fátuo que incendeia A nossa existência Calma, respira fundo Pra perceber que é através do ar Que você se movimenta O corpo é só uma roupa Bonita ou feia Que esconde a nossa mesmice na caveira Segue teu rumo Sem se preocupar com o destino E tudo o que aparecer tá no lucro No fundo é só não dar tanta trela ao juízo Um rastro A poeira ainda voando alto Os nossos passos Movidos por sonhos a curto prazo Deixe um recado Em forma de beijo ou abraço O resto é lastro Tira esse megafone dos cotovelos É no silêncio Que mora o respeito Larga essa armadura Que a vida fica ainda mais curta Pra quem sempre surta Sacode o desespero Levanta a saia do aperreio E se junta a mim no vinho Aqui é nosso ninho Até concluírmos o curso Que nos ensina a voar
9.
Carne burro 04:19
Enquanto o dia finge ser de noite Eu sigo feito um burro carregando o mundo Enquanto o tempo vira em um segundo Eu sigo feito a vida só me dando murro Em ponta de faca de dois gumes Cortando a minha carne só pra não perder o costume Cortando a minha carne só pra não perder o costume Enquanto a história gira parafuso Eu escrevo um segredo pra ler no futuro Enquanto o medo tece um temporal Eu corro pra tirar meus sonhos do varal Enterro os tesouros no quintal E sigo voando com os discos pelo pasto Sem as gravidades me puxando para baixo Enquanto isso, enquanto aquilo, enquanto gente Enquanto o enquanto é só ideia Enquanto isso, enquanto aquilo, enquanto gente Enquanto o enquanto é só palavra Enquanto isso, enquanto aquilo, enquanto gente Enquanto o enquanto é tudo o que se passa Uma coisa fora do lugar incomoda Muita coisa fora do lugar ninguém nota
10.
Se eu desligar o celular eu me desligo Se eu não jogar só assim eu posso ganhar Se eu der play eu vou pausar minha existência Se eu registrar vou esquecer minha ausência Se eu deslizar meu dedo sobre a sua vida Vou apontar os erros pra fugir dos meus Se eu apagar uma foto vou lembrar do fato Se eu curtir vou odiar o meu contrário Lá vem mais uma teoria da conspiração Assisto a várias na minha televisão Sentada, concentrada, parada Entendo tudo e faço nada Entendo tudo e fascinada Coisas estranhas fisgam o meu pensamento Uma tela preta captura o meu momento Uma série de deslizes prendem minha atenção Deixo passar minha vida entre as minhas mãos Se eu contar pra todo mundo que eu não penso Eu vou fazer o mundo virar pensamento Se eu não voar não vou poder olhar de fora Se eu cair é porque era a minha hora Lá vem mais uma teoria da conspiração Assisto a várias na minha televisão Sentada, concentrada, parada Entendo tudo e faço nada Entendo tudo e fascinada
11.
Toda solidão tem suas maravilhas Tem seu lado bom O solteiro que o diga Pode se esticar na cama Pode fazer o que quer, que ninguém reclama Não tem medo de perder, todo dia ganha Todo tempo pra viver Toda solidão tem suas maravilhas Tem seu lado bom O ocupado que o diga Sempre no trabalho Quase sempre bajulado por quem tá embaixo Quem precisa de colegas falsos e interessados Em ocupar o seu cargo Toda solidão tem suas maravilhas Tem seu lado bom A desquitada que o diga É madura, independente, livre e desimpedida pra pegar quem quer Sem o drama adolescente, sem bancar a carente, sendo quem ela é E se o rapaz não servir é logo dispensado Muito melhor ser só que mal acompanhado Já dizia o ditado Toda solidão tem suas maravilhas Tem seu lado bom A cantora aqui que o diga Se não tivesse sozinha não fazia essa modinha, não deixava esse legado Que se fizer sucesso vai pagar a faculdade do futuro filho advogado A solidão às vezes faz um bem danado Mas isso só vai reparar quem já foi solitário E hoje canta acompanhado Toda solidão tem suas maravilhas Tem seu lado bom
12.
Quem é quem 05:28
Quem é quem quando o bicho pega A mocinha vira o vilão Se alguém pisa bem no calo dela Quem é quem no olho de um furacão O inimigo pode lhe dar a mão Enquanto o herói foge com medo de um trovão Quem é quem na mais difícil situação Deus, demônio, dependendo de uma decisão Tomada no susto, no calor do momento No medo de um arrependimento Personagens sempre fora do tempo Em histórias baseadas em fatos surreais Quem é você agora Quem você vai ser naquela hora Quem você quer ser quando puder se ver de fora O inimigo pode lhe dar a mão Enquanto o herói foge com medo de um trovão Personagens sempre fora do tempo Em histórias baseadas em fatos irreais Quem é você agora Quem você vai ser naquela hora Quem você quer ser quando puder se ver de fora
13.
No sentido oposto das pegadas (mayday) Passo torto em linha reta (mayday) O tesouro é a caminhada (mayday) A poeira esconde a descoberta (mayday) A estrada se desfaz atrás De cada passo que se dá a mais A chegada nunca satisfaz Quando se anda com um pé atrás No sentido oposto das pegadas (mayday) Passo torto em linha reta (mayday) O tesouro é a caminhada (mayday) A poeira esconde a descoberta (mayday) A paisagem passa sem notar Se alguém parou só para admirar Nunca nada vai se conformar Em ser aquilo que você achar Câmbio, mayday Algo me fez desviar Olho pro chão Pegadas vão me guiar No sentido oposto das pegadas (mayday)
14.
Sorriso 03:46
Entre as coisas que eu guardei para levar Depois de morrer Vai estar esse sorriso que eu vi Que você me deu Segurando na minha mão como quem diz Não tenha medo de não estar aqui Um sorriso que é capaz de implodir Todo o receio que me impede de sorrir também Em busca de um sossego A gente só conturba mais Em busca de respeito A gente só atropela mais Nos defeitos vejo então a perfeição Notar um erro é falha da visão Um sorriso que é capaz de me achar Na escuridão que surgir quando o corpo se apagar Em busca de aconchego A gente só machuca mais Em busca do acerto

credits

released September 13, 2019

Produced by Maurício Tagliari at YB Music studios.
Music consultancy and pre-production: Ronaldo Evangelista
Recording engineers: Frederico Pacheco e Klaus Sena
Mixing engineer: Klaus Sena
Mastering engineer: Benoni Hubmaier
Cover art: Tatiana Blass

Thomas Harres - percussion & mpc
Gabriel Bubu - bass & guitar
Guizado - trumpet
Paulo Freire - viola
Dudu Tsuda - synthesizers
Maurício Pereira - vocal & saxofone
Maurício Tagliari - guitar
Igor Caracas - percussion
Missionário José - synthesizer

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Lulina São Paulo, Brazil

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